top of page

Luva

Foi como uma luva,

Fria e gélida,

Meus dedos frios,

Nem sentiram nada.

Estava em casa,

Nem era a minha.

Estava morta,

Ou estava viva?

Esperança sempre,

Mas não para todo sempre.

Esperar por amor,

Que nunca lhe é entregue.

Esperar um sonho,

Uma realização.

Esperar no sonho,

Morrer de ilusão.

Foi como uma espada,

Que fere com palavras,

Paguei preço alto,

De abrir o coração.

Esperança eu mato,

Te sirvo num prato.

Morro eu no chão,

E depois eu sigo me arrastando.

Uma hora eu me levanto,

Limpo, sigo, me exponho.

Sou feita de pedra e prantos,

Não é o primeiro que pisa em meus sonhos.


Veronica Stivanim


Autora: https://clubedeautores.com.br/livros/autores/veronica-stivanim

Blog: https://eupenseihoje.blogspot.com/

Facebook: https://www.facebook.com/veronicastivanim

Instagram: https://www.instagram.com/veronica_stivanim/?hl=pt-br

Posts recentes

Ver tudo

Onde vais pelas trevas impuras, cavaleiro das armas escuras (...) Cavaleiro, que és? – que mistério Que te força da morte no império Pela noite assombrada a vagar? Álvares de Azevedo Por que é que voc

Lucas e Adalberto escreveram sua carta ao Papai Noel juntos. Empolgados, eles conversaram sobre o que fariam quando recebessem seus brinquedos. Lucas pediu uma bola e Adalberto um carrinho de madeira.

Dentro de mim cadeado, Porta aberta, cárcere privado, Ventre ancestral do tempo, Dentro de mim, muralha, Que a palavra não apaga Chica da Silva, Marielle, Anita, Dandara, Pagu, Maria Quitéria, Maria B

Deixe seu comentário:
bottom of page