Sacode ao ser uma tosse constante;
O corpo, a febre o enche de calor.
Carnes míseras, notório palor,
Face entristecida, olhar não brilhante.
O sangue, na doença degradante,
Foge; desaparece tal humor
Por saliva rubra, a que tem sabor
De morte; o cheiro é de fim não distante.
O corpo fino e de grave cansaço,
Apesar de tudo, guarda a alma, ainda;
Porém o suco da vida..., bagaço!
Cada tosse fermenta a angústia infinda;
À mente domina a loucura de aço.
Cisma ele: “A vida devia ser linda!”.
Cleiton Alves
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