Observo uma foto em que aparecemos os dois.
Ela está feliz, me abraçando e sorrindo para câmera.
Logo viro a cabeça e vejo seu cadáver no chão. O sangue segue escoando de sua cabeça. Penso que deixou de me amar, e que, de certo modo, sou culpado pelo que acaba de acontecer.
Me aproximo dela, gemendo de tristeza, me encosto a seu lado.
Depois de um tempo os vizinhos derrubaram a porta, me jogam de lado e apontam o revólver em suas mãos.
E enquanto tudo isso acontece, eu só posso latir e abanar o rabo com medo.
Alessandra Barcelar
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