Venham, estrelas!
Aliviem o meu tormento,
massageando de luz a minha dor.
Iluminem esse vão passatempo,
o de sofrer desafortunado amor.
Muitos são os meus lamentos
e tantos os meus miramentos
que nem sequer mais sustento
os meus olhos no firmamento.
Venham, estrelas!
Sanem essa loucura
de desejar o que não posso ter
e me deem qualquer candura
que só os teus raios podem conceder.
Demasiados são os segundos,
largos os meus choros profundos,
tão tristes e rotundos
como não há mais nesse mundo.
Venham, estrelas!
Reflitam a minha queixa
e sequem o meu pranto,
que nem sequer me deixa
querer a quem amo tanto!
Diógenes Carvalho Veras
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