Ah meu senhor, que saudades! Um tanto de teimoso que sou Me dá uma vontade De correr desenfreado, Alcançar o João do tempo, Pra dar um abraço tão apertado Até tirar-lhe o juízo e voar desembestado. Ah meu senhor, que saudades! Que me abre o peito E me dói de um jeito Que meu coração padece, Pede ar emprestado E já esfalfado, grita desamparado Por falta da bem amada Que de longe também não aguenta E se pendura aos pés do telefone pedindo
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Por favor, traz pra mais perto
um pouquinho daquele
por quem meu coração disparou!
Mas meu senhor, que saudades! E como se não bastasse, Não tem band-aid que segure, Nem remédio que cure A não ser o calor do afago Me ajeitando e com sorriso largo Nos abraços do meu amor.
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