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Mar(é)concreto

De sal a granizo adentro no mar de concreto, multidão-poesia. Formas em relevo, ângulos a penetrar, alturas a anonimizar. De suor a tremor caminho ligeiramente na engrenagem cíclica. Gente que sempre vai a algum lugar, gente que sempre tem que chegar, gente que não vê tanta gente. De acolhimento à polidez demoro a criar laço, abraço, afeto. Longe tanto, toda distância é abissal. Tempo dividido em frações milimétricas de eficácia e perdido em parcelas infinitas de contato adiado. De indolência à disciplina criativa recebo o que o dia tem para dar. Beleza singela da vida a palmos. Beleza dura e geométrica a qualquer luz. Beleza angustiante do frio que paralisa e estreita o que é humano. Do litoral à metrópole sou onde estou, onde estive, onde passo. Pontes de ar.


Carine Mendes



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