Infinitos espíritos dispersos
inefáveis, edêmicos, aéreos
fecundai o Mistério destes versos
com a chama ideal de todos os mistérios.
Cruz e Souza
Em singular noite,
Frases enigmáticas
Fomentam seus lábios...
De sentido oculto,
Encobertas pelo véu
De complicado revéres,
De encontros e desencontros,
Pelos caminhos da vida.
Como calígrafos no tempo
Vamos registrando nossas pegadas,
Nas areias infinitas do universo
Pelo deserto incerto dos nossos corações.
Tons de cinza encobrem
Indecifráveis sentimentos.
Confusos, atropelados, aturdidos
Desconcertados pelo presente,
Mas certos de um futuro a porvir.
O imaginário no real,
Misturado no vento
Do nebuloso momento.
Atônita, ouvi o indecifrável.
Imperscrutáveis palavras
De intricada relação.
Confusa me vi, admito,
Mas, no enigmático discurso,
Atingistes o alvo
E avisaste que algo há por lá...
Por mais oculto que esteja,
No borrão de seu pulsar,
Sabemos que há algo a se desvendar.
Aline Bischoff
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