O Sol sabe se retirar,
Após brilhar um dia inteiro.
Sabe a hora exata de recolher o brilho,
E nunca é passageiro.
Ele volta no dia seguinte,
Ainda que as nuvens venham fortes,
Ele nunca sucumbe,
Ainda que hajam tempestades.
Ele sabe qual o seu lugar,
E sempre está lá.
Mesmo que não possamos vê-lo,
Ele não se importa com isso,
Seu compromisso é com o brilho.
Não acho que ele se põe, ele se retira.
A lua tem outro tom de brilho,
Mas é apropriado.
Ele vai ao outro lado,
E sempre volta bem recebido.
Eles se precisam.
A dualidade nos ensina,
São como uma dança,
São sincronizados.
Não há luz sem as trevas,
E mesmo na escuridão,
Há um brilho inesperado.
O sol é lembrete dos compromissos e gritos,
A lua é certeza dos aprendizados e inícios.
O silêncio na troca de lugares é vazio,
Há um morrer e renascer todo dia, no calor e no frio.
Os vazios são passagens para a nova luz, o sol conduz.
Mesmo em dias nublados, ele sabe voltar do outro lado.
Veronica Stivanim
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