O regresso nem sempre é uma vinda
Que torna ao lar que o abraça.
Há saudades de amor que o tempo lassa
E que permanecem ainda e ainda.
A ida para uma fuga que nos prende
Faz-nos ficar tristes e sorumbáticos
Como se o vento, nos seus coices acrobáticos,
Nos ciciasse que a compra também se vende.
E a solidão alastra e aborrece
Porque sabe que não é voluntária.
Mas, o coração é teimoso e pária
E nas recordações lembra o que viesse.
O regresso nem sempre é uma vinda
E um escape não soluciona a solução
Que está nas mãos de uma só mão
Que é tão simples como uma chuva linda.
Jogado a um canto como um farrapo
Está o sentimento que é enorme
- Tolo de tolices disforme
Que te ama e que agora destapo.
Bruno de Sousa
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