Angélica flutuava no balanço do parque enquanto a mãe a assistia com olhos de desvelo, zelo e vigilância, formando um rugido dentro dela, vibrando por todo o corpo. O balanço, subindo e descendo, alimentando o infinito de felicidade desmedida, a ignorância infantil não vendo as asas quebradas, as unhas arrancadas, a boca deserta de dentes nas torturas e nas prisões, a ignorância enxergando outra vida por dentro. (O silêncio que não cala, Conto)
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