top of page

Perdura

Teus olhos envoltos por um passado obscuro e

por muitas vezes luminoso. Rugas e manchas na

pele que rasga as marcações temporais.

O quintal aberto ao sol das horas da infância,

encantado e disposto.

Contigo descobri os retornos,

por mais que me desesperasse nas partidas.

A menina dos teus olhos apreendia o amor,

a fertilidade da formação dos vínculos,

erva-doce a perfumar a casa café.


Por Vandia Leal


Poema retirado da obra In-quietudes (Padê Editorial - Cole-sã Escrevecências)

Posts recentes

Ver tudo

Cavaleiro Negro (Aline Bischoff)

Onde vais pelas trevas impuras, cavaleiro das armas escuras (...) Cavaleiro, que és? – que mistério Que te força da morte no império Pela noite assombrada a vagar? Álvares de Azevedo Por que é que voc

Brinquedos (Alessandra Barcelar)

Lucas e Adalberto escreveram sua carta ao Papai Noel juntos. Empolgados, eles conversaram sobre o que fariam quando recebessem seus brinquedos. Lucas pediu uma bola e Adalberto um carrinho de madeira.

Múltiplas (Valéria Pisauro)

Dentro de mim cadeado, Porta aberta, cárcere privado, Ventre ancestral do tempo, Dentro de mim, muralha, Que a palavra não apaga Chica da Silva, Marielle, Anita, Dandara, Pagu, Maria Quitéria, Maria B

Deixe seu comentário:
bottom of page