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Rastros

Teu olhar era como as pétalas novas de um bougainville

No céu de minhas sensações uma chuva escondida

Não quis molhar teus pés

Nem salgar as horas

Inventei um aroma doce

Tranquei meus olhos

Eu só queria teu colo

Guardei tuas palavras num pote de sementes

Caminho pelo quintal do tempo

Envolto na plenitude do silêncio

Sempre protegi teu nome dos vendavais

Faz bem sorrir no espelho

Ouvir tua voz na cabeça

Abrir a janela

Deixar uma luz acesa no horizonte

Os cadáveres dos meus sonhos

Túmulos esquisitos

Uma igreja sem portas

Pétalas tristes na correnteza de uma chuva antiga

Quisera pedir de volta ao destino nossos rastros

Escapar das coisas irrealizáveis

Tento perdoar-me pelas ilusões impossíveis

Aquelas madrastas da fé



Farlley Derze

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