Ao primeiro contato,
Guardei-a em meu relicário
Sustentei-a nas entrelinhas da minha vida,
Um tanto insossa ante sua ausência.
Aguardei com a ansiedade
O alinhamento dos ponteiros dos nossos relógios.
Fusos horários desajustados.
Embalados na lentidão do caminhar desses ponteiros,
Que para meu exagero,
Uma volta foi equivalente ao tempo de rotação terrestre.
Preparei-me ao longo de uma metamorfose exaustiva
Entre desconstrução e reconstrução.
Perdi-me.
Entreguei-me à queda de um sono quase profundo.
Acordei ao tilintar de sinos distantes.
Suportei o peso das minhas pálpebras preguiçosas
Buscando auxílio para que meus olhos
Encontrassem coesão entre tantas palavras sagazes.
Reencontrei-me naquele instante,
Reli você ao contemplar
A saudosa melodia da sua voz,
Diante do brilho do farol dos teus olhos,
Avistei meu porto seguro.
Ah! Força motriz que alavanca minha jangada
Permita-me navegar em teu oceano,
Pacífico
Sou pescador voraz e arrisco-me
A equilibrar na proa do teu barco
Jogar minha rede e pescar
Os melhores peixes do teu mar calmo
Faz-se verão em mim
Aquece de pólo a pólo
Sensação térmica pra lá dos 45º
Febre que cura
Almas afoitas
Entre braços, abraços,
Em seu colo torpecer.
Em reações físicas e químicas
Dois corações fervendo em demasiado aconchego
Seu,
Meu corpo,
Jaz revigorado
Desperto em seu campo magnético
Ah esse campo de concentração dos girassóis
Estigados com a luz solar
Meu,
Seu corpo sol
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