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Vidro

Os estilhaços

No chão jogados

Cortantes sob os pés

Descalços

De tantos percalços

Construídos

Recolhidos

Inatos

Ingratos

De sentimentos

Forçados

Desesperança

De cacos que

Já não se colam

Pontiagudos

Sons agudos

Tímpanos destruídos

Pensamentos isentos

Carcomidos

Em transe

Sem argumentos

Incompreensível

Impossível

Impassível

Ilusão da vida

De viver

De amar

De querer

Sem sonhar

E esquecer

Se conformar

E esperar

Para morrer.



Carmo Bráz


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