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Soneto da Estrela

Achei no céu da cidade uma estrela

Que brilhava sobre um mar de estrelinhas,

E era tão bela que era melhor tê-la

O mundo inteirinho a tê-la só minha.


Mas parecia tão, mas tão sozinha

Que achei que ninguém mais pudesse vê-la,

E soube que era só do amor que eu tinha

Que vinha o fogo que a fazia estrela.


E amei-a tanto e, por tanto eu amá-la,

Fiz que queimasse sua alma e a minha

Num fogo que grita, um fogo que cala.


Queimou todo o céu, e a terra queimou,

Pois não era pouco o amor que eu lhe tinha

E era todo ele fogo – e se acabou.


Pedro Guerra Demingos

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